Uma lúcida recomendação a todos os incautos internautas que possam por aqui passar:
Dom Rafael, tinto 2004.
id="BLOGGER_PHOTO_ID_5094266363866956466" />Ali mesmo ao lado da Quinta do Carmo há uma herdade que faz uns vinhos de dar pontapés na alma: a Herdade do Mouchão e o seu supostamente menos nobre Dom Rafael.
Duma predominante Alicante Bouschet e das também tradicionais Aragonez, Trincadeira, Periquita e Moreto, nasce um Dom Rafael de cor forte, com frutos vermelhos relativamente maduros e um aroma onde identificámos (eu e o outro alcoólico unânime que aqui posta) algumas especiarias. Quais é que ele não soube, definitivamente, dizer.
Também sentimos o genuíno "pirolito" da sua acidez, porque é um vinho jovem e com ganas, o que justifica que, apesar de tudo, seja intenso e com um comprimento de língua mais que suficiente.
Curiosamente, o cepo do outro AU identificou a madeira, do carvalho em que estagia o Dom Rafael. Tudo indica que ele teve oportunidade de ler o rótulo enquanto eu estava a cozinhar. Ou então sentiu-se imbuído da inspiração que graceja os bons bebedores, especialmente quando já bem beberam.
Apesar de sermos ambos apreciadores de um bom Chaminé (nesta gama de preços, entenda-se), ficámos com a impressão unânime (alcoólica) de que o Dom Rafael lhe é superior.
Na nossa mui humilde opinião, diria que, de
0 a 20, é um sólido
16.
E já que falamos nisso, ao Chaminé eu daria um belíssimo
15. O
Syrah que está tão na moda, ao fim e ao cabo, ainda se adaptou muitíssimo bem ao nosso Alentejo.
Já agora... com é que estará o Syrah do João Portugal Ramos?
"Perdidos!... de bêbados!".
Um grupo de indíviduos com questões e problemáticas relevantes sobre o seu passado, mas sempre encobertas e reveladas ocasionalmente, fica perdido numa ilha de areia na costa alentejana. Durante 15 minutos.
Como estão perdidamente embriagados e têm álcool à disposição de forma praticamente incessante (para os 15 minutos em questão), pensam estar perdidos. No fundo, estão apenas...
Perdidos... de bêbados.
A série consegue prolongar-se por várias épocas porque, ao fim e ao cabo, os produtores também estão perdidos de bêbados e, como todos sabemos e já experienciámos, um bêbado inspirado tem um poder de persuasão inquebrantável.